Requentando notí­cias sobre CMS’s equivocadamente

Na edição de hoje (30/04) da Correio Info, newsletter da revista Info Exame, foi divulgada uma matéria que compara três ferramentas de gestão de conteúdo (CMS) livres: Drupal, Joomla e TikiWiki. Qual o problema? Nenhum se a dita matéria não fosse requentada (sua data original é de 31/07/07) sem nenhum critério sobre a informação divulgada, o que induz o leitor ao erro de forma crassa. Além disso, o texto foi escrito sem algumas informações básicas para o comparativo que desejou-se apresentar, levando mais uma vez o usuário ao equívoco comum de escolher ferramentas erradas para os trabalhos que precisam ser realizados.

Nada tenho contra requentar notícias ou textos. Eu mesmo por algumas vezes (felizmente raras) o fiz mas sempre tomei cuidado em atualizar aquilo que já estava escrito para não passar uma visão equivocada sobre o assunto ou ainda passar vergonha com a divulgação de algo arcaico.

Peguei este mau exemplo principalmente no comparativo das extensões e módulos disponíveis para Joomla e Drupal. De longe o Drupal possui uma quantidade de módulos (3735) maior que o número de extensões para o Joomla (3018), o que na matéria é informado de forma invertida. Além disso, levar sessenta minutos para instalar um Drupal é no mínimo imperícia do usuário. Sua mais nova versão não requer mais que cinco minutos para estar funcionando e pronto para receber conteúdo.

Também é errada a informação que o Joomla reúne boas vantagens sobre o Drupal e o TikiWiki, usando para tal afirmação a questão da administração visual e design flexível. Todas as três ferramentas possuem estas mesmas características e nenhuma delas se sobrepõem a outra em nenhum destes pontos. A administração não está relacionada somente com a interface e a distribuição de comandos dentro desta, mas também na perícia, entendimento e costume de uso. Muitos usuários se sentem mais confortáveis diante do administrador do Joomla. Outros já preferem o Drupal e outros tantos, o TikiWiki. Questão de gosto, principalmente.

O restante da matéria possui outros erros que um usuário atento poderá identificar facilmente (tais como a falta do número das versões usadas para os testes). Entretanto o que me preocupa realmente é um veículo de comunicação deste porte fazer este tipo de “operação tapa-buraco” sem critério nenhum. No mínimo um desrespeito para com seus leitores (que não é meu caso).