Quer aprender a programar? Mas o que?

Uma dúvida que paira na cabeça daqueles que começam a programar: qual a linguagem usar? Antes de escolher uma linguagem é necessário conhecer os fundamentos da programação. E neste momento entra algo que muitos esquecem, a lógica.

Recebi há alguns dias um e-mail de uma pessoa que dizia querer muito programar mas queria uma “dica” de qual linguagem aprender e também qual a melhor linguagem para o mercado de trabalho. A resposta dada é a base deste artigo e mostra um lado que muitas vezes é esquecido: os fundamentos da programação.

A programação é a arte de comandar uma máquina para que esta faça aquilo que você deseja. Não falo somente da programação para computadores, mas também de toda a programação para qualquer tipo de máquina. Quando um piloto de avião informa a rota, tipo de aeronave, peso total de decolagem, destino e outras variáveis ao sistema de bordo, ele está programando aquela máquina para que execute suas funções corretamente. Dentro do sistema dela, existem outros sistemas que pegam estes dados e fazem com que a máquina voe. Uma arte sem dúvida.

Mas imagine se o fluxo de informações está errado ou ainda se as informações não estão corretas? O que irá acontecer? No mínimo, a viagem que era para ser até Recife, vai acabar em Fernando de Noronha. Resumidamente, a máquina vai fazer o que você ordenar, sempre!

Desta forma, a arte da programação independe de uma linguagem, mas ela depende fortemente de uma coisa muitas vezes negligenciada pelos programadores: lógica. É nela que reside o resultado final de alta qualidade ou não.

Toda a linguagem que for usar, a base dela é lógica. Lógica, pura lógica. Se for Java, é lógica. Se for Assembly, é lógica. Se for PHP é lógica. Desta forma a dica para a escolha do curso é: procure aquele que lhe dá uma base muito forte em lógica. Depois disso, programar é simplesmente usar comandos referentes a cada uma das linguagens para criar os programas que vão comandar as máquinas. Só isso.

Para aprender lógica você pode usar um pedaço de papel e um lápis. Não é necessário uma linguagem para isso. Estranho? Pense em fluxo de dados: se eu preciso fazer um café, quais são os passos para isso? Preciso do pó, da água e do fogo (dados) e processar isso de alguma forma (programa) para que tenha o café (resultado). Tendo os dados, a etapa seguinte é o processamento do café logicamente, ou seja, preciso aquecer a água, colocar o pó em um recipiente, colocar a água quente, esperar a filtragem, tomar o café. Este processo precisa ser lógico para que o resultado não seja água de batata 😉

No meio, o que seria a linguagem de programação para o processamento, não importa muito. Você pode fazer uso de um fogão, de uma fogueira ou de um fogareiro para aquecer a água. Pode usar um recipiente pequeno, médio ou grande para armazenar o café. Isso tudo, que seria o processamento, a linguagem, pode ser feita de “n” maneiras, mas a lógica usada para o processamento, não.

Mas falando tem termos práticos, a linguagem PHP é algo muito interessante para que você aprenda. Ela permite que você trabalhe com duas formas de aprendizado: sistema procedural e sistema orientado à objetos. Também é uma boa indicação pela facilidade de uso da mesma.

Seu uso é principalmente voltado à web mas não impede que você a utilize para a criação de aplicativos cliente servidor e, finalmente, uma linguagem livre (free software) e com uma farta documentação na Internet.

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