Restrição de uso adiconada a licença livre mais usada no planeta pode “quebrar” suas próprias regras e virar um grande tiro no pé.
Uma nova “cláusula” está sendo adicionada na licença derivada da GPL pelos desenvolvedores do GPU, um software livre para compartilhamento de recursos de pc’s. Ela diz resumidamente que aquele software não pode ser usado para fins militares. Na verdade, para fins que causem danos à um ser humano ou que um humano seja ferido.
No cerne da questão e sem entrar no mérido da mesma está o desejo idealista de não permitir o uso de softwares GPL para fins militares. Louvável até certo ponto pois, a partir do momento que ela cerceia direitos, deixa de ser realmente livre. Assim, existe uma ambiguidade naquela que é citada com uma das licenças de software que mais dão direitos aos autores pois a partir do momento que não permite seu uso para determinado fim, deixa de ser realmente livre.
Neste momento ficam algumas perguntas como “o que fazer com as Nações Unidas que mesmo sendo uma organização mundial que visa a paz, precisa usar softwares e tanques para auxiliar em conflitos em todo o mundo? Mais interessante é o comentário de Rene Tegel, um dos líderes do próprio projeto: “nosso exército (dinamarquês) é ruim na visão que ele mata pessoas e custa dinheiro. Mas de outro lado, ele ajudou a nos libertar dos nazistas, o que sem dúvida foi muito bom.
E finalmente a grande dúvida: será que uma licença de software precisa chegar a este nível de discussão filosófica para discutir problemas éticos?
O que fazer?