Ok, a família corinthiana está em festa. Depois de ver seu time no buraco da segunda divisão, dá a volta por cima e arremata o paulistão 2009 invicto, algo que não acontecia desde 1938. Mas o que tem a ver o Corinthians com o marketing? Tudo, acredite.
Primeiro, na queda para a segunda divisão, aproveitaram a fatídica “estada”, ganharam o campeonato e voltaram dizendo que até este título tinham na prateleira, uma sacada de marketing inteligente que se aproveitou da situação para engordar os cometários gratuitos sobre o time.
Mas a maior delas certamente foi trazer Ronaldo, o afamado fenômeno para dentro do clube. Meio em baixa, muitos acharam que era uma loucura desvairada trazer o jogador a peso de ouro (mais caro pelos quilos a mais) para que não fizesse nada ou pouco fizesse. Não importa realmente isso. Somente o nome do jogador dentro do time resultou num marketing gratuito espetacular para o clube, fosse em exposição da marca, fosse em comentários nos jornais, revistas, tv, rádio e Internet. Nem precisava jogar realmente. Se ficasse somente no banco já seria lucro para o time.
Algumas companhias são especialistas neste tipo de marketing. Uma das mais conhecidas é a Apple com seus mega-lançamentos de tempos em tempos. Com as nóias de Steve Jobs que esconde detalhes de novos produtos como os EUA vigiam suas fronteiras, a companhia lucra absurdamente com o marketing gratuito advindo de suas campanhas. Estima-se que o lançamento do iPod em 2001 rendeu algo em torno de 400 milhões de dólares sem que fosse mexida uma única palha. O mesmo caminho trilhou o Yahoo ano passado quando trocou sua home usando como anúncio que iria fazer um eclipse no Brasil. Obviamente uma piada mas que trouxe muito barulho para seu novo lançamento.
E no último final de semana me deparei com outra genialidade marqueteira. A companhia de seguros Mapfre lançou uma promoção fazendo analogia com aquele motorista denominado “barbeiro”. De muito bom gosto, a campanha leva o internauta a querer participar ou, no mínimo, conhecer o maior barbeiro do Brasil, trazendo inclusive o desejo de conhecer um pouco mais sobre a empresa, objetivo final do hotsite.
Com fenômenos ou não, a Internet permite que todo o tipo de idéia atinja o consumidor, bastando ter tanta genialidade quanto quem tem o dom da bola nos pés.