Vou de táxi? Que nada, vou de limusine

O final da semana passada trouxe mais um “herói” da Internet a tona. Com cara de nerd, óculos e cabelos desarrumados, Christian Owens, um garoto inglês no auge de seus dezesseis anos foi notícia em todo o mundo por já ter uma conta corrente com saldo de um milhão de dólares. Herança? Prêmio da loteria? Nada disso. Empreendedorismo puro.

A história

Com sete anos ganha um computador e com dez começa a aprender sozinho web design, quando ganhou seu primeiro Mac. Fã declarado de Steve Jobs, dono da Apple, com 14 anos teve uma idéia iluminada: convenceu vários programadores de aplicativos para Mac em “ceder” suas criações para que fossem empacotadas junto com outras e vendidas por preços arrasadores, algo entre 15 e 20% do preço de tabela. A idéia chamada de Mac Bundle Box (algo como caixa empacotada de Mac) virou febre entre os usuários de Mac pois era possível comprar um bom conjunto de softwares por um ótimo preço e, ao mesmo tempo, contribuir com a caridade, já que 10% do valor arrecadado era destinado a associações de caridade ao redor do mundo. O resultado disso: em dois anos são 700 mil libras na conta.

Acha muito? Pois Chris, um ano depois tem outra idéia iluminada. Monta outra empresa mas com foco diferente: anúncios. Ele coloca anunciantes em 11 mil websites diferentes em um único pacote e com um custo único, sendo que um destes websites é ninguém menos que o MySpace da Microsoft. O resultado desta nova empresa; já são mais 500 mil libras na conta.

Confesso, fiquei com inveja branca do Chris. Mesmo depois de 20 anos trabalhando, não fiz um décimo do que ele já fez. Mas antes de pensar que é mesmo iluminado, o que realmente não acredito, ou é algum filhinho de papai, resolvi pesquisar um pouco mais o assunto se aproveitando inclusive de alguns artigos que já escrevi sobre o tema de empreendedorismo e buscando entender porque coisas assim não acontecem no hemisfério sul, mais precisamente no Brasil.

Empreender

São poucos os que tem sucesso jovens. De todos os que conheço na área de TI, somente dois poderiam estar na escala de “bem sucedidos”; Tiago Baeta do iMasters e Kauê Linden da Hostnet. Ambos começaram com uma idéia muito boa e trabalharam duro para chegar onde estão. Os demais, em sua grande e esmagadora maioria, sonham em ser consultor de uma das grandes empresas globais de cessão de mão-de-obra semi-escrava ou trabalhar em grandes multinacionais de TI como Google, Microsoft e IBM.

Nada contra, cada um tem seu sonho, sua vontade e seus porquês na vida. Mas mesmo estes que mantém o desejo de serem empregados possuem a grande pergunta em mente quando se deparam com uma notícia como a de Chris: “o que eles tem que eu não tenho?” A resposta pode ser um pouco explicada com os seguintes argumentos.

Quero que pobre se exploda!

Quem não se lembra do bordão criado por Chico Anysio para seu personagem Justo Veríssimo? Ele é verdadeiro e reflete a história que carregamos ao longo dos últimos sessenta anos em nosso país. O empreendedor, a micro e a pequena empresa sempre foram deixados de lado por todos os governantes, mesmo por aqueles que fizeram alguma coisa por este segmento. As benesses governamentais sempre foram (e continuam sendo) para grandes empresas nacionais e multinacionais com subvenções, empréstimos e condições que nenhum nanico é capaz de obter.

Aconteceu com as empreiteiras para a construção de Brasília e depois com as obras faraônicas espalhadas pelo país, com as montadoras do ABC paulista, com os usineiros e grilheiros de terras do nordeste do Brasil, com as emissoras de televisão e rádio cariocas para a massificação de políticas públicas furadas e bordões de “90 milhões em ação” e “Brasil, ame-o ou deixe-o” e com a industrialização de pólos fincados na serra do mar. Aqueles que não tinham berço de ouro e não eram amigos dos governos, tinham somente como solução entrar no pau de arara e ir para São Paulo ou Brasília onde a maior parte do grande milagre econômico, diziam, estava acontecendo.

São Paulo virou o que virou e Brasília o que lá existe. A megalópole tornou-se o maior centro industrial e comercial do país e a capital federal, a grande oportunidade no governo. De um lado, a opção das jornadas de trabalho em bancos e metalúrgicas e de outro, a carreira pública e os dois em conjunto promoveram o êxodo de outras regiões brasileiras na busca de uma forma de vida menos pior para aqueles mais esquecidos nos rincões do norte-nordeste.

O principal resultado do anti-apoio governamental foi que os poucos que tinham interesse em empreender perderam seus sonhos no caminho e resolveram seguir outros menos ingratos ou dolorosos. Nas empresas, emprego fácil movido pela falácia do Brasil gigante. No governo, o aparelhamento criava cada vez mais demadas, fosse por crescimento de nosso país, fosse por interesse de oligarquias e clãs históricos. Então o melhor a fazer era prestar um concurso, conseguir uma boquinha numa sala governamental ou numa “murti” qualquer e fari vagnari a pizzu*.

Então nossos pais, via de regra, foram funcionários públicos ou funcionários de uma grande empresa que possuíam carteira assinada, estabilidade, horário para entrar e sair, férias, 13º salário e todo o tipo de benefício por mais paternalista, imoral ou indecente que pudesse ser. Micro e pequenas empresas eram somente familiares, raras em nosso território e pouco empregavam além da própria família.

Conclusão: nossos governos nacionais foram, senão o maior, um dos grandes incentivadores para a criação de uma cultura anti-empreendedora em nosso país, a qual sentimos até hoje seus reflexos em nossas vidas. Mas não somente eles possuem culpa no cartório. Existe mais alguém que, por excesso de zelo ou por medo, também colaborou e colabora com este cenário.

Filho, vá ser alguém

Desculpe-me, não conheço seus pais e não desejo ofendê-los de nenhuma forma. Mas eles também estão enfiados até o pescoço nesta lama. Explico.

A vida de nossos pais não foi a mamata que a nossa é nos dias de hoje. Se você acredita que a vida é dura, tenha certeza que o esforço feito por eles para conseguir educá-lo foi uma tarefa digna de Hércules. Passaram por dezenas de planos econômicos bizarros, uma ditadura sangrenta, loucos querendo explodir o mundo, guerras e tudo mais o que tinha de ruim. Se hoje escolas são sofríveis, imagine o que era naquele tempo.

E certamente por amarem seus filhos e muitas vezes sofrerem calados as pressões em suas vidas, ouvimos milhões de vezes frases como “filho, vá estudar para ser alguém”, “filho, larga esta idéia, vá ser um médico, um engenheiro, um advogado”. Obviamente que o pensamento era para que seus rebentos não passassem as mesmas privações que eles estavam passando e que certamente os pais deles passaram.

Mas existe o lado ruim de todo este cuidado. A grande maioria dos jovens de hoje se tornaram simplesmente mão-de-obra manipulável que não vislumbram em seus horizontes de vida nada além de ter um carro pago a prestação, uma casa de periferia financiada em 25 anos e um “empreguinho” com “estabilidade”. Digo isso por conhecimento de causa ouvindo centenas de estudantes em todo o Brasil nos eventos que palestro. Muitos saem da faculdade sem saber o que vão fazer com o canudo e a grande maioria nem sabe porque fez aquele curso. Esquecem estes que o canudo por si não resolve absolutamente nada.

Acreditando que não somente o governo, mas nossos pais também carregam sua parcela de culpa, escrevi ao Chris perguntando o que seus pais disseram quando ele, aos 14 anos informou que ia abrir uma empresa. Como imaginava, a reação deles foi bem diferente dos pais brasileiros. Em suas palavras, eles não somente o apoiaram como acreditaram que quilo poderia ser um futuro brilhante para ele. E acertaram tanto que hoje, pai e mãe são funcionários do filho.

O mesmo aconteceu com os dois empreendedores tupiniquins. Kauê começou em casa, no quarto da empregada, sua empresa que hoje é um dos maiores hostings do país. Tiago, ao contrário de seguir os passos do irmão e ir trabalhar numa multinacional, resolveu apostar numa idéia que hoje é o maior portal para desenvolvedores do país, o iMasters. Ambos já me confidenciaram o apoio que tiveram de seus pais quando surgiram com suas idéias e até hoje vejo a mãe de Tiago nos eventos promovidos pelo iMasters dando apoio e ajudando o filho. Ou seja, o suporte existe realmente para aquilo que poderia ser chamado de “maluquices de crianças”.

E o que leva pessoas normais a fazerem coisas grandiosas?

Fazer diferente

Também tenho esta pergunta, algumas respostas já formadas mas queria ouvir um pouco mais e uma das perguntas que fiz a Chris foi o que o fez deixar de ser um adolescente “normal” que joga videogame, tem namoradinhas na escola e vai na matinê para se tornar empresário. A resposta caiu como uma bomba em cima de mim: “Because I want to change the world. It’s that simple” (porque eu quero mudar o mundo. Simplesmente).

Este tipo de atitude por mais utópica, ilusória e absurda que possa ser é que faz as coisas andarem. Não chegamos a Lua se não fosse o sonho utópico de lá estar. Não voamos se não fosse o sonho absurdo de alguns voarem. Não construímos arranha-céus se insanos não imaginassem isso. E ele ainda quer mais. Só deixa as empresas quando estiverem com cem milhões de libras na conta, o que não duvido que vá ter.

Veja um exemplo do que é sonhar aqui.

Isso é o que falta para nós. O sonho de “fazer acontecer”. Sonhamos pouco e somos pouco agressivos em nossos desejos. Parte disso devido as novelas e programas dominicais criados para nos entreter e nos alienar, parte disso por acreditarmos que a força de um só não muda nada. Ora, Chris está aí para provar que não é idade, não é experiência e tampouco canudo que muda, mas sim a atitude de querer fazer e de querer mudar. Isso é o que certamente levou Kauê e Tiago a abraçarem seus sonhos e realizá-los.

No frigir dos ovos, o recado é simples. É deixar para trás a mente consumidora e se tornar uma mente empreendedora. É ouvir seus pais com educação mas fazer tudo ao contrário (a menos que você queria realmente ser um médico). É esquecer que o governo joga contra você e passar sobre as adversidades. É deixar de sonhar com o carrinho mil e começar a sonhar com a limusine que, venhamos e convenhamos, seria o máximo chegar na porta da faculdade de “limo” não?

* “Molhar o bico” – expressão usada em certas regiões da Itália, principalmente pela Máfia.

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23 comentário em “Vou de táxi? Que nada, vou de limusine

  1. Pingback: Tweets that mention A história de Christian Owens e o empreendedorismo no Brasil | Paulino Michelazzo -- Topsy.com

  2. Silvano Girardi Jr.

    Excelente, Paulino!
    Infelizmente fomos educados para seguir o “pai pobre”, na história do livro.
    Mas existem várias outras questões, como
    – custo para se ter acesso às tecnologias
    – burocracia e custo para se formalizar uma empresa
    – falta de incentivo por parte de investidores
    – e etc.

    Felizmente estou percebendo todos estes quadros mudarem.
    Acredito que em 5 anos começaremos a ver Christians por aqui também.

    Abraço

    1. Paulino Michelazzo

      De fato Silvano, existem outros “n” pontos a serem considerados mas intencionalmente não os coloquei porque não menores que o ponto principal que é acreditar e sonhar. Creio profundamente que a falta de sonho é o principal abismo entre nós e qualquer outro empreendedor, seja um Christian, um Jobs ou mesmo um Baeta.

      Obrigado pela visita.
      Abraços

  3. Antonio Anderson Souza

    Parabéns, e muito obrigado pelo seu post, muito inspirador, principalmente para quem está começando uma empresa agora.

    Quem quer ser empreendedor no Brasil precisa ignorar os “n” pontos que você sabiamente não citou no post, pois se ficarmos pensando muito ninguém sai do lugar!

    Abraços,

    Antonio

    1. Paulino Michelazzo

      Olá Antônio,

      Sim, ignore-os e vá em frente. Se deixar que qualquer problema, qualquer adversidade por menor que seja pare você, não sairá do lugar.

      Sucesso e obrigado pela visita

  4. Pingback: Como se faz um empreendedor? « Blog Sebrae

  5. Luiz Eduardo

    Paulino também concordo com suas palavras.

    Tb tenho pais dessa forma, sabe preferem um filho la “escravo” de uma empresa, ganhando pouco, desanimado, sem motivação, mas que tenham algo fixo, do que acreditar num grande sonho.

    Um exemplo meu mesmo, sou muito sonhador e tenho sonhos grandes.

    A um mês atrás abri mão de emprego e tudo mais, salário, e no momento nem estou trabalhando.

    Só que nem que seja sozinho irei atrás de meus idéais e sonhos, dos menores aos maiores, e se você realmente acreditar nada poderá impedi-lo.

    SEi do meu potencial e tenho certeza que irei chegar la.

    Talves não de limosine, mas quem sabe de Helicóptero, kkkkk.

    Um grande abraço e obrigado pelas reflexões.

    Obs: Se ainda responde esses e-mais se possível encaminhar a resposta para o meu e-mail que deixei no site, pois entrei por acaso no site.

    Abraços novamente

  6. bruno taboada

    Excelente post!

    Nossa cara, você realmente resumiu muito bem.

    Parabéns.

    Eu não tenho palavras, isso eu vivo hoje e entendo perfeitamente.

    Sou de Brasília e moro em são paulo tem 2 anos! é nitidamente o que voce disse mesmo.

  7. Jhonathan Brandão

    Muito bom seu artigo. Vai de encontro a algumas coisas que conversei com dois amigos essa semana, é preciso ter vontade de mudar as coisas, mudar o mundo! E uma prova de que algumas pessoas já pensam nisso é que um professor meu, tirou praticamente uma aula para falar dessas idéias de empreendedorismo, coisas que não servem para a matéria, mas acredito eu que sirvam para a vida! Parabéns pelo artigo!

  8. Guilherme

    São 4:26 Da Manhã…
    Tenho 16 Anos…
    Neste Momento Estou Desenvolvendo Meu Projeto…
    Tenho Como Idolos Mark Zuckerberg e Steve Jobs…
    Quero Me Tornar Uma Das Pessoas Mais Influentes No Ramo De Tecnologia Mundial…
    E Posso Resumir Tudo Em:
    Aguarde! Em Breve…

  9. Fernando Palhares

    Boa tarde Sr. Michelazzo, sou empresario do ramo de papelarias e informática no estado de Roraima, adorei seu post, acredito que ele contribui bastante pra pessoas que estão com ideias de mergulhar realmente no mundo dos negócios, sendo que é sempre bom lembrá-las que este é realmente um mundo de exclusividade onde muitas vezes temos de sacrificar noites e fins de semana em prol dos objetivos a ser seguidos.

    1. Paulino Michelazzo

      Olá Fernando,

      Agradeço seus comentários e fico feliz que ele contribua para que as pessoas pensem um pouco nas oportunidades que estão a frente.

      Estarei em Boa Vista no começo de novembro. Se quiser, podemos papear.
      Saudações

  10. Paulinho Pessoa

    Paulinho,
    Primeiro quero te parabenizar pelo excelente post, com informações e um belíssimo conselho em geral para todos que passam por aqui. Li muita coisa sobre esse “menino de 1 milhão de dólares” nessa última semana e percebia que você foi um dos poucos (talvez o único) a explorar mais o assunto, tanto da maneira que Christian pensa, digamos assim, quanto de Empreendedorismo em geral. Mais uma vez, parabéns pelo post e, graças a ele, pretendo voltar mais vezes!
    Abraço.

    1. Paulino Michelazzo

      Olá Paulinho (eu sou Paulino)
      Sim, é interessante ver como as pessoas conseguem feitos que muitas vezes podem ser chamados de “estranhos”.
      Espero que volte mais vezes.
      Abraços

  11. Thiago Lavor

    Eu amo TI o meu maior sonho é ter uma empresa online estou disposto a larga o meu curso de tecnico de informatica para isso, pois acredito em mim mesmo.
    Como diz o poema de Mandela no filme Invictus “Não importa se o portão é estreito não importa o tamanho do castigo,eu sou o dono do meu destino” Sim todos nos podemos mudar o nosso destino, então te digo vamos levante e faça acontecer.
    Não importa se tem faculdade ou não se tem curso tecnico ou não, mais sim a vontade de vencer os desafios.
    Se aquele amigo, ou seus pais tios tias primos e primas achar você um fracassado não esculte mais eles e começa a fazer a sua propria historia chegue aonde ninguem imaginou que você chegaria, já imaginou um dia todos falando que trabalha na empresa X grande um bom salário o orgulho da familia e amigos e quando te perguntarem o que você faz você responde bem alto EU SOU UM EMPRESARIO MAIS UM MILIONARIO NO MUNDO pense nisso no que as pessoas vão falar mais como ele consegui isso se ele nunca foi bom aluno nunca fez um curso, nuca fez faculdade isso é impossível, pois NADA É IMPOSSÍVEL.
    Além disso a web é a melhor fonte de conhecimento sendo melhor do qualquer curso superior ou tecnicos, as linguagem de programação é universal todos os sistemas de grande empresas como Google, Facebook, Twitter, Groupon, (Youtube, Orkut apesar foram comprados pelo o Google)entre outros, estão disponiveis na web para todos e alem disso nehuma delas começou grande todas começaram com um computador e uma ideia.
    Então se todos eles conseguiram, nós também coneguiremos.
    abraços e bos sorte a todos

  12. Marcos Gomes

    Empreender é um arte, ainda mais aqui no Brasil. Não sou de reclamar de impostos e falta de incentivos do governos. Eu realmente acho que o maior problema é quer não depender exatamente do governo. Boa parte que é construído com incentivos governamentais são coisas mal administradas e com foco no ganhar fácil. Claro que existem exceções, mas sou admirador dos novos empreendedores que fazem tudo sem contar com o governo.

  13. deivedy marques

    cara vc esta certinho! eu tenho uma grande vocação pra ser empresario, ja tentei 2 vezes sem estrutura e apoio de ninguem, nem do governo e principalmente dos meus pais, mais eu tenho certeza q serio um grande empresario, agente aprende arrando e pode apostar aprendi muito, e to aprendendo, ja estou começando a me sentir preparado pra tentar de novo um empreendimento, tenho certeza que dessa vez vai, ai vou provar que as coisas tbm dão certo sem apoio dos governantes e pais que colocam na nossa cabeça que temos q estudar pra ser alguem né ! kkkkkkk

    Deivedy Marques 23 anos.
    deivedy_marques@hotmail.com 🙂

    1. Tomas Krauff

      Acho que o grande segredo do empreendedorismo é a persistência! Você é jovem e já teve a iniciativa, agora é continuar tentando! Tem várias maneiras de começar o teu negócio gastando pouco e ir crescendo. Minha experiência pessoal foi assim: comecei com um site de artigos pet, que enviava para todo o estado de São Paulo. Não tinha muito dinheiro nem para pagar funcionários nem hospedagem dos sites. O que fiz foi pesquisar e encontrar pessoas com a mesma vontade de crescer. O primeiro parceiro topou trabalhar sem receber salário, apenas a porcentagem do que venderíamos, assim com o site encontramos soluções de hospedagem grátis ( https://www.hostinger.com.br/ ) e conforme fomos crescendo, fomos migrando para planos pagos com maior infra-estrutura. Essa busca por infraestrutura nos incentivou a abrir um escritório e depois uma loja física também, que também serve como depósito. Hoje vendemos uma grande quantidade de itens por dia, com uma boa cadeia logística e nos dedicamos ainda mais para continuar crescendo.

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